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Basta uma frase para acender o rastilho. Não importa o conteúdo, uns lêem para confirmar, outros para encontrar o que odiar. Mas às vezes penso que o país não está perdido, está só desencontrado.
Em nome da liberdade, Portugal decidiu por elas. Mudam-se os véus, mantêm-se as restrições.
As universidades e politécnicos celebram a saúde mental com discursos, mas esquecem a realidade dos seus docentes, muitos presos a vínculos precários que minam o bem-estar que dizem promover.
Quando usamos o Vivino para escolher vinho, entregamo-nos ao conforto do algoritmo. Mas as obras de arte resistem à guerra do algoritmo ou estamos a beber hits de verão?
Vivemos cercados por conhecimento, mas numa sociedade isolada da curiosidade. O desinteresse tornou-se o maior aliado da desinformação.
Os pobres não podem ter isenção de propinas porque isso iria beneficiar os ricos, mas os ricos podem ter gratuidade dos manuais porque tal beneficia os pobres.
Perante a saída repentina de Raquel Varela (entre outras) do comentário político televisivo torna-se evidente o profundo enraizamento da narrativa conservadora no seio dos meios de comunicação social.
A vitória do PSD nas maiores cidades não é sinal de renovação política, mas o sintoma de um país onde a gentrificação expulsou os cidadãos e entregou as cidades ao mercado.
E foi então que a vi levantar-se da cama, num rasto de pegadas húmidas, pegar no bloco e na caneta, tomar notas, voltar a mergulhar no conforto do sonho.
Domingo fui votar e percebi que o meu voto, e o de tantas outras pessoas com deficiência visual, não foi totalmente meu.
“Demonstramos que as mulheres são inferiores” poderia estar escrito numa qualquer publicação. Atualmente, disseminam-se crenças disfarçadas de verdades absolutas. Como combater estes ciclos?
A polarização não nasce do excesso de ideias, mas da falta de espaço entre elas. O importante é que haja espaço para reflexão crítica nas suas múltiplas vozes e divergências.
Ficar passou a ser um ato de fé. Entre rendas exorbitantes e trabalhos precários, fazer a mala deixou de ser um luxo e passou a ser a ferramenta básica para uma vida que compense o esforço.
Dos pequenos ateliers de cerâmica aos restaurantes de alta cozinha: como os chefs estão a dar nova vida a um ofício que parecia condenado ao esquecimento.
Quando se vem de visita, percebe-se que a cidade vai mudando: mudando de roupa, de dieta. É só com o vivê-la que se percebe a mudança de personalidade, de prioridades.
Em Portugal, os partidos insistem que se comunique da mesma forma medíocre, previsível e repetitiva. Teima-se que se faça hoje como se fez sempre e o problema é precisamente esse.
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