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Quando Luís Montenegro, no auge da austeridade, afirmou que “a vida das pessoas não está melhor, mas a do país está muito melhor”, antecipou o paradoxo central que vivemos.
Benefícios fiscais podem estabilizar margens, mas não fabricam altruísmo. No fim, esta “renda moderada” só o é num aspeto: a moderar as expectativas dos portugueses quanto a terem um teto para viver.
A bolha do imobiliário não vai rebentar porque não existe bolha. Existe uma transformação permanente e irreversível onde a habitação se integrou definitivamente nos mercados financeiros globais.
Em poucas semanas, vimos surgir reformas que nenhum trabalhador pediu, enquanto direitos básicos que foram brutalmente cortados nos tempos da Troika continuam por repor.
A imigração não é — nem deve ser — um remendo para os nossos problemas estruturais (nem o bode expiatório). Quando bem integrada e valorizada, pode ser um motor de desenvolvimento.
Qualquer Estado com visão estratégica de longo prazo compreende que certas infra-estruturas não são só negócios — são instrumentos de soberania, de coesão territorial e de resiliência económica.
O presidente norte-americano acredita que tarifas são a alavanca para reequilibrar o comércio, mas a globalização não é um interruptor que se possa simplesmente desligar.
É um paradoxo cruel: enquanto a economia real mostra maturidade para enfrentar os desafios globais, a nossa classe política parece querer minar estes resultados trazendo camadas de instabilidade.
No final de A Quinta dos Animais, os porcos e os humanos já não se distinguem. Talvez a grande lição seja esta: o poder não muda as pessoas; apenas revela quem elas realmente são.
É crucial compreender os custos reais de não dar uma entrada inicial, algo que o executivo não comunicou adequadamente.
E se o resultado das eleições americanas impactar diretamente o preço das casas em Lisboa, o turismo no Algarve e as nossas exportações de vinho?
Não havendo um orçamento que permita fazer reformas que importam, temos um país condenado à pequenez pela própria classe política. É isto que aceitamos?
Decisões de novos aeroportos e problemas do turismo à parte, é raro vermos notícias sobre grandes acordos de investimento produtivo na nossa economia.
A questão da moeda única seria importante no momento da adesão – e mesmo assim teria de ser bem ponderada – e não agora.
Parece que tudo tem aumentado, menos algo sagrado e polémico: os salários. Diz que é pecado aumentar salários em tempos de inflação.
Estará a União novamente em risco, com a principal economia a assumir uma postura a solo? Desta vez, um “whatever it takes” para salvar a economia alemã? Qual será o próximo -exit?
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