As primeiras brincadeiras de que me lembro incluíam lápis, papel e canetas de cor. Passei a infância a desenhar. Daí à fixação pelos Kalkitos foi um passo de criança. Esses enormes desdobráveis onde se decalcavam pequenas figuras para compor um universo imaginado foram a melhor forma de aprender a esquematizar uma ideia. Essa tendência para o raciocínio visual tem-me acompanhado ao longo da vida.
Na escola secundária descobri a fotografia e, sem esforço, passava oito horas numa câmara escura improvisada. Fui desenhador em ateliers de arquitectura e estudei Design Gráfico no Ar.Co.
Trabalhei num regional da margem sul. Saí de lá a correr quando li, no meu jornal favorito, um anúncio a pedir um infografista. Estou no PÚBLICO há 14 anos, os três primeiros como precário e os últimos dois como editor. Tenho crescido com a secção e começámos a ganhar prémios da SND, o que tem dado alento para também crescer no online. Em 2010 fui convidado para formar uma equipa de infografia num diário moçambicano. Continuo a brincar com lápis, papel e canetas.