Os leitores são a força e a vida dos jornais. Contamos com o seu apoio, assine.
Os leitores são a força e a vida do PÚBLICO. Obrigado pelo seu apoio.
Vice-reitor da Universidade Aberta
É urgente que as universidades percebam que a sua missão vai além dos muros do campus.
Os telemóveis são hoje ferramentas indispensáveis no dia a dia da maioria das pessoas, assim como os computadores. Devem ser integrados nos processos pedagógicos.
A universidade que ensina é uma universidade que pensa e discute o que ensina e o modo como o faz com os poderes públicos, a sociedade e as empresas. Sem isso, o ensino é labor fechado sobre si mesmo.
A inovação pedagógica é um corolário inevitável da revolução digital. As universidades devem abandonar paradigmas tradicionais e abraçar novas metodologias de ensino.
É tempo de passar do estudo do ensino e da aprendizagem para uma cultura de estudo digital no ensino e na aprendizagem.
A qualidade é a adequação ao propósito e está nos olhos de quem vê. A educação aberta é paixão, envolvimento, acesso, eficácia, impacto, disponibilidade, precisão, é ser bom no tempo.
Há três processos que, numa perspetiva de gestão, são a chave da sustentabilidade: a gestão da procura educativa, a gestão das operações de resposta à procura e a gestão dos recursos.
Haverá resistência, mas, se a universidade tradicional não se reinventar, acabará por se tornar irrelevante.
A promoção da educação à distância com uma boa ligação à Internet e bons conteúdos curriculares, com períodos presenciais e práticos, é crucial para evitar o despovoamento. Só que para que tal ocorra é preciso apostar com clareza no ensino digital, e não em modelos de ensino ultrapassados, como o pós-laboral.
A UAb já formou mais de 50 mil. É paradoxal porque a UAb sofre de um problema grave de subfinanciamento, por não se lhe aplicar a fórmula de financiamento das demais universidades públicas.
Este é o momento em que o país, através das suas universidades e demais instituições de ensino superior, deve procurar superar o atraso de que padece em termos comparativos. Ou as universidades aproveitam o momento atual para se transformar, sem desculpas nem subterfúgios, ou os prejuízos serão imensos.
A transformação digital está aí e as mudanças nos ambientes tecnológicos questionarão a pertinência de programas rígidos de formação. A presencialidade, tal como a conhecemos até hoje, ou aparece associada a outros elementos ou será coisa do passado.
Há anos que defendemos a digitalização das instituições de ensino superior, combatendo a inércia e a falta de uma visão que permita ao país avançar numa área decisiva para a formação das pessoas. Sim, senhor primeiro-ministro, o país precisa de um sobressalto cívico, que abranja todos os portugueses, em tudo o que fazem.
Passados 20 anos sobre a adequação ao Processo de Bolonha, é tempo de as universidades otimizarem os processos de aprendizagem, aprendendo a habitar num novo ecossistema e construindo um campus híbrido que lhes permita expandirem-se.
A continuação das atividades de ensino, associadas à produção de conhecimento, a partir de casa revela-se como uma metáfora de superação da própria crise.
A crise revela que as fantasias não salvam o mundo, mas o trabalho competente. Estou a pensar nas pessoas que em todo o mundo ajudam de muitas formas no combate à pandemia ou contribuem para a reconstrução das comunidades.
Continuam a ser necessárias lideranças políticas capazes, mas cada vez mais a força moral das pessoas deverá guiar a política, como um exercício a pensar em toda a sociedade e não apenas numa parte da sociedade, única forma de gerar confiança generalizada e garantir a democracia. Os próximos meses e anos vão ser um sério teste em Portugal e no mundo à validade dos meus argumentos.
O reforço da capacidade de ação estratégica do Estado passa especificamente pela consolidação das instituições de ensino superior e pelo desenvolvimento de formas avançadas de produção e disseminação do conhecimento, com ofertas que possam chegar a todos, tarefa para qual o ensino a distância é crucial.
A língua portuguesa tem três particípios futuros: futuro, nascituro e conceturo. É tempo de lhe acrescentarmos um quarto particípio futuro, a que chamamos “formaturo”, ou seja, “aquele que deve ser formado”.
A UAb congratula-se com a aprovação em Conselho de Ministros, no passado dia 21 de fevereiro, de um decreto-lei, atualmente em fase de discussão pública, que visa a regulação do ensino a distância e em rede em Portugal e valoriza o papel da UAb, que passa a assumir um papel crucial no sistema.
Ocorreu um erro aqui, ui ui