Os leitores são a força e a vida dos jornais. Contamos com o seu apoio, assine.
Os leitores são a força e a vida do PÚBLICO. Obrigado pelo seu apoio.
Professor universitário
Quando o PSD valida o Chega como interlocutor, não lhe está a conceder apenas uma vitória tático-parlamentar: participa ativamente na reconfiguração do espaço político.
Não há espaço para a crítica substantiva, apenas para a ilusão controlada de participação. O debate é permitido desde que não toque nos nervos expostos da estrutura.
É imperioso clarificar que as acreditações externas serão complementares e não substitutivas da nacional, salvo se integradas no EQAR e asseguradas por acordos bilaterais formais.
O tempo de ilusões sobre a compatibilidade entre oligarquia tecnofinanceira e democracia acabou. Resta escolher qual o projeto de futuro que queremos agregar.
O desafio é substituir os rankings por cartografias de impacto. Quantas vezes desencadeou um debate público? Quantos alunos se envolveram nos problemas locais? Que alianças fezcom outras instituições?
O Governo impôs uma visão mais preocupada com a centralização do poder do que com a promoção da excelência e da inovação. Espera-se que o Parlamento corrija esses paradoxos.
É urgente que as universidades percebam que a sua missão vai além dos muros do campus.
Os telemóveis são hoje ferramentas indispensáveis no dia a dia da maioria das pessoas, assim como os computadores. Devem ser integrados nos processos pedagógicos.
A universidade que ensina é uma universidade que pensa e discute o que ensina e o modo como o faz com os poderes públicos, a sociedade e as empresas. Sem isso, o ensino é labor fechado sobre si mesmo.
A inovação pedagógica é um corolário inevitável da revolução digital. As universidades devem abandonar paradigmas tradicionais e abraçar novas metodologias de ensino.
É tempo de passar do estudo do ensino e da aprendizagem para uma cultura de estudo digital no ensino e na aprendizagem.
A qualidade é a adequação ao propósito e está nos olhos de quem vê. A educação aberta é paixão, envolvimento, acesso, eficácia, impacto, disponibilidade, precisão, é ser bom no tempo.
Há três processos que, numa perspetiva de gestão, são a chave da sustentabilidade: a gestão da procura educativa, a gestão das operações de resposta à procura e a gestão dos recursos.
Haverá resistência, mas, se a universidade tradicional não se reinventar, acabará por se tornar irrelevante.
A promoção da educação à distância com uma boa ligação à Internet e bons conteúdos curriculares, com períodos presenciais e práticos, é crucial para evitar o despovoamento. Só que para que tal ocorra é preciso apostar com clareza no ensino digital, e não em modelos de ensino ultrapassados, como o pós-laboral.
A UAb já formou mais de 50 mil. É paradoxal porque a UAb sofre de um problema grave de subfinanciamento, por não se lhe aplicar a fórmula de financiamento das demais universidades públicas.
Este é o momento em que o país, através das suas universidades e demais instituições de ensino superior, deve procurar superar o atraso de que padece em termos comparativos. Ou as universidades aproveitam o momento atual para se transformar, sem desculpas nem subterfúgios, ou os prejuízos serão imensos.
A transformação digital está aí e as mudanças nos ambientes tecnológicos questionarão a pertinência de programas rígidos de formação. A presencialidade, tal como a conhecemos até hoje, ou aparece associada a outros elementos ou será coisa do passado.
Há anos que defendemos a digitalização das instituições de ensino superior, combatendo a inércia e a falta de uma visão que permita ao país avançar numa área decisiva para a formação das pessoas. Sim, senhor primeiro-ministro, o país precisa de um sobressalto cívico, que abranja todos os portugueses, em tudo o que fazem.
Passados 20 anos sobre a adequação ao Processo de Bolonha, é tempo de as universidades otimizarem os processos de aprendizagem, aprendendo a habitar num novo ecossistema e construindo um campus híbrido que lhes permita expandirem-se.
Ocorreu um erro aqui, ui ui