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Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares
Existe, desde 1980, uma carreira pensada para garantir que os hospitais são geridos com eficiência. O problema é que o Estado português, nos últimos vinte anos, optou por a deixar definhar.
Qual é a visão de cada partido em relação ao setor privado? Que papel atribuem às parcerias público-privadas e às Unidades de Saúde Familiar contratadas ao setor privado?
Um modelo assente numa carreira estruturada de dirigentes hospitalares garantiria que os gestores da saúde eram selecionados pelo conhecimento e competência, e não por lealdades políticas.
A liderança deve construir parcerias robustas que envolvam partidos da oposição, organizações não governamentais, o setor privado e social, sindicatos e ordens profissionais, entre outros.
Não basta dizer que queremos valorizar os profissionais de saúde. É preciso explicar como. Pretendem implementar um sistema de avaliação de desempenho mais justo e eficaz?
De nada vale aumentarmos o orçamento, se não formos capazes de fazer mudanças fundamentais em áreas que têm sido praticamente ignoradas nas sucessivas tentativas de reforma do SNS.
É incompreensível que grande parte dos hospitais continue a não avaliar o valor em saúde dos medicamentos que compra, tendo em conta os seus custos para o SNS (1760 milhões de euros em 2022).
Acompanhamos totalmente o primeiro-ministro na ideia de que o SNS necessita de melhor gestão. Importa agora que o Governo seja consequente e valorize a carreira de administrador hospitalar.
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