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Engenheiro florestal
É no território que reside a chave para quebrar o ciclo de destruição que vivemos há décadas.
Na Madeira é tudo mais difícil. A orografia, o clima, a vegetação e o povoamento humano são mais complicados e tornam a prevenção e o combate muito mais exigentes.
As paisagens mistas têm resiliência superior, ao contrário das paisagens dominadas por plantações de eucalipto e pinheiro-bravo, que se associam aos incêndios extremos.
O que estas gentes vieram dizer à capital é que o país pode continuar a confiar nelas para os novos desafios, assim como contou na recuperação do lince-ibérico, pois são os seus costumes antigos que melhor viabilizam a sustentabilidade territorial.
Muita coisa tem de mudar na forma como lidamos com o planeta, mas também no modo como nos governamos e como evoluímos como espécie.
O país não é todo igual, mas é todo nosso, por isso não aceitaremos territórios insustentáveis eternamente esquecidos ou submetidos à gestão do declínio.
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