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Professor universitário
O que assusta mesmo é o desígnio apocalítico do caderno de encargos de Musk (cortar 30% do Orçamento do Estado) e o modo como este está alinhado com uma personalidade demiúrgica de perfil ameaçador.
Se hesitar ou tergiversar em relação à Ucrânia, a União Europeia enfrentará a maior crise existencial desde a sua fundação.
O gesto intuitivo que leva Duarte Belo a organizar as fotografias de acordo com o princípio warburgiano da “boa vizinhança” ganha aqui um fôlego particular com os textos de Fernando Alves.
Hoje, o X é um espaço aberto aos trolls, à insídia e raramente se vislumbra qualquer debate produtivo. Mas...
A principal responsabilidade política está no mundo de facilidades pré-anunciado por Montenegro, na ligeireza com que a atual ministra removeu dirigentes.
O pessimismo tem uma longa história, mas por estes dias tem-se tornado claro que possui, de novo, um futuro auspicioso.
Foi possível remover um primeiro-ministro com base num processo que tem duas características inaceitáveis num Estado de direito.
Uma administração Harris terá como tarefa primordial reverter as conquistas da campanha Trump nas políticas e, não menos relevante, na discussão no espaço público.
Resta saber se não é a forma como a maioria dos eleitores se posiciona sobre o lugar da mulher e dos negros na sociedade norte-americana que decidirá as presidenciais.
Quando os partidos do centro assumem bandeiras da direita populista com a intenção de conter o crescimento eleitoral destes partidos, quem ganha é sempre a direita populista.
A obediência antecipatória é uma tragédia política com uma longa história e, temo bem, com futuro. Foi o que o Washington Post fez, ao recuar na decisão editorial de apoiar um candidato.
Num momento em que os bairros das periferias saem da invisibilidade em que vivem, regresso ao associativismo e ao capital social com um misto de pessimismo e esperança.
Comunicar com clareza e escutar o que sentem as populações destes bairros. Duas coisas que têm faltado.
Montenegro replicou a retórica extremista, sem se preocupar com os fundamentos da afirmação, e caiu na ilusão de que, replicando os argumentos do Chega, recuperará os eleitores do Chega.
Há muitas explicações para este declínio da empatia, mas nenhuma tão poderosa como a forma como o isolamento social é potenciado pelos desenvolvimentos tecnológicos.
Hannah Arendt escreveu que “o declínio da empatia humana é um dos primeiros e mais reveladores sinais de uma cultura prestes a cair na barbárie”.
Imaginem, se o PS, em lugar de andar a caminhar para um beco político sem saída, se dedicasse a fazer oposição ao Governo.
Ao mesmo tempo que se assiste à defesa de um bloco central moderado nos temas económicos e sociais, normaliza-se a retórica radical nos temas sociais, culturais e securitários.
Peço apenas que atentem nos alertas que o governador do Banco de Portugal deixou na passada segunda-feira, aquando da apresentação do Boletim de Outubro.
Vivemos num contínuo político-mediático avesso ao compromisso e que incentiva o clima adversativo. Hoje, só há duas posições possíveis – radicalmente contra ou radicalmente a favor.
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