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Professor universitário
Não estamos apenas perante um Presidente amoral, com falhas agudas de personalidade, mas face a um líder de uma coligação social vasta, que ecoa os tempos que enfrentamos.
A forma como a cultura é hoje distribuída está a ter efeitos nefastos na afirmação de novas propostas artísticas.
Não nos iludamos: este pacote laboral e a atitude que o Governo tem assumido na sua defesa são à medida destes novos tempos políticos.
O propósito desta revisão da legislação laboral é desequilibrar a lei a favor dos empregadores e diminuir a natureza coletiva das relações de trabalho.
Conta a lenda que Brian Wilson escutou Rubber Soul, abandonou o resto dos Beach Boys em digressão e enclausurou-se para compor Pet Sounds.
Há um ano e meio, no primeiro texto que publiquei nesta página, sugeri que a remoção de António Costa do cargo de primeiro-ministro configurava um golpe de Estado de um tipo novo.
Perante desafios cada vez mais exigentes, a realidade do SNS está longe do cenário apocalíptico que nos é apresentado na comunicação social e reproduzido demagogicamente por políticos.
Entre os tesourinhos guardados na memória das redes está um vídeo de André Ventura antes de ser André Ventura a elaborar sobre os malefícios da desinformação.
Por que motivo os candidatos naturais à esquerda e à direita optaram por não ir a jogo nestas presidenciais?
O que interessa é perceber o que levou o espaço do centro-direita moderado a alinhar com a direita radical, promovendo a fantochada em que se transformou esta revisitação insólita do 25 de Novembro.
Os acontecimentos complexos que ocorreram há 50 anos ao longo do dia 25 de novembro, mas também nas vésperas e nos dias subsequentes, foram determinantes para moldar a natureza do regime democrático.
É pena que ninguém no longo séquito que apoia Ronaldo lhe tenha tentado explicar o sentido da velha máxima de Peter Parker: “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades.”
No quadro de umas presidenciais sem candidatos mobilizadores, podemos estar face a uma derradeira performance que culminará com o retrato de Vieira inscrito no boletim de voto.
Precisamos de criadores obcecados. É deles que podemos esperar essa experiência misteriosa que é a comoção com a criação e a graça da partilha.
Estes dias obrigam-nos mesmo a afirmar “com gajos como este, nunca se sabe”.
O que está a suceder nos últimos dias corresponde a um padrão e faz parte de uma ofensiva transnacional à imprensa livre, que tem propositadamente como alvo uma referência do serviço público de media.
A principal diferença entre Cavaco e Montenegro reside no perfil ético do chefe de Governo.
Longe vão os tempos de comoção nacional com uma iniciativa tímida de centralização da comunicação no Governo de António Costa.
Ana Paula Martins, perante uma dificuldade, não hesitou: encostou-se à narrativa de que os problemas dos serviços públicos são culpa dos imigrantes.
Uma boa forma de enfrentar a miséria do debate político em geral e a forma como se projeta, em particular, sobre o meio século de democracia passa por multiplicar os ângulos de análise.
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