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Professor na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
Ler autores que estão longe das nossas ideias é que nos enriquece. As ideias que temos exigem o conhecimento daquelas que se lhes opõem. De outro modo, o conhecimento será sempre parcial e amputado.
Quais são os critérios pelos quais se afere a portugalidade?
O efeito da fascização de tudo é contraproducente: quanto mais se agita o fascismo e os perigos que ele encerra, maior parece ser a atração pelos partidos de extrema-direita.
Não consigo compreender a euforia de muitos dos especialistas de Relações Internacionais que vieram comentar a paz imposta pela força dos Estados Unidos.
Depois ficam abespinhados porque os radicais que tanto combatem têm cada vez recetividade eleitoral. Não alcançam os anticorpos da sua arrogância venal.
Os direitos aduaneiros trazem consigo a desconfiança e a semente da instabilidade, até por partirem de quem não se pode demitir das suas responsabilidades internacionais.
A Europa, solteirona e frígida, está louca de ciúmes e raiva. O tempo da Europa acabou. É fraca, feia e inútil. Dmitri Medveded
Gouveia e Melo encarna um sebastianismo em potência que é do agrado de uma sociedade que não vê para além do nevoeiro.
Eis o lema: imigrantes, sede bem-vindos porque precisamos de vós. E a mensagem subliminar: caso contrário, não vos queremos por cá. Esta é a forma errada de tratar a imigração.
Confesso: nunca enverguei um cravo vermelho à lapela, mas custa-me admitir que alguém me julgue por demissão da democracia à conta desta omissão pessoal.
É de esperar que a UE consiga colocar dívida pública a uma taxa média que os Estados-membros não conseguiriam, separadamente. Pode aceder a recursos mobilizados pelo crédito em condições imbatíveis.
A recusa terminante das direitas em aceitar o imposto sobre os muito ricos é contraproducente. Pode, em situações-limite, ser o rastilho para uma violência descontrolada de que ninguém sai a ganhar.
A polarização tende a alimentar mais polarização, pois a luta política passa a ser um feixe de emoções que ateiam o acinte, a inverdade, o ataque pessoal, a intolerância.
Como me situo entre os “degenerados” que perfilham a teoria da equivalência entre a extrema-direita e a extrema-esquerda, a hipótese de ter de escolher entre as duas é um pesadelo dantesco.
Contra os piores prognósticos, a Europa atravessou várias crises, até algumas que foram entendidas como existenciais, sobrevivendo e delas saindo reforçada.
Entre certos sectores que se julgam tutores do 25 de Abril, há quem limite a legitimidade das celebrações às diversas esquerdas presentes na paisagem política.
A propósito da carta de João Taborda da Gama à filha que votou no Chega. Aviso, para ajudar o leitor a não tresler esta não-carta: este texto não é um artigo de opinião a favor do Chega.
Um sector de cadeiras vazias seria o termómetro da qualidade dos candidatos e sinalizaria a exigência dos eleitores, que não se deixam enganar por cantos de sereias e recusam votar no menor do males.
Se os mais novos sentem o rarear de oportunidades na terra-mãe, só um egoísmo atroz dos instalados os pode prender a um país que não olha por eles.
Uma democracia que restringir o acesso de partidos extremistas a direitos enraizados no sistema político contraria-se a si mesma. Corre o risco de fortalecer os que condena à clandestinidade.
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