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Bióloga, professora catedrática de ciências da Universidade de Lisboa; presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia
A actual opção de descentralização e dispersão de centrais fotovoltaicas e eólicas provoca fragmentação de ecossistemas, que os torna mais vulneráveis aos eventos extremos do clima.
A gestão dos matos poderia ser implementada através do pagamento de créditos de carbono, como forma de minimizar as alterações climáticas e cumprir os créditos de biodiversidade que a Europa obriga.
A diversidade de paisagens e pequenas explorações devia ser recuperada, como riqueza fundamental a valorizar. Podiam ser premiados os pequenos proprietários que mantivessem mosaicos de biodiversidade.
O mês de Maio representa um convite à consciencialização da interligação entre biodiversidade e sustentabilidade, essenciais para a manutenção da vida e do bem-estar humano no planeta.
O Homem considera-se a espécie dominante, a super-espécie do planeta Terra, sobretudo devido à sua capacidade única de aproveitar e manipular a energia muito para lá das suas necessidades biológicas.
O valor da inacção é incalculável e não é sentido pela sociedade nem pelo poder público, porque ainda não se sentiu nem em casa nem no bolso.
É a compreensão de fenómenos básicos que está subjacente ao desenvolvimento de soluções baseadas na natureza, verdadeiras ferramentas práticas de gestão.
É a “jóia da coroa”, que pode ficar muito “beliscada”. Mesmo que o núcleo central da Laurissilva não tenha sido afectado, as orlas, a zona tampão, foram-no, o que arrasta novos problemas e ameaças.
Assinala-se esta segunda-feira o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca. Estes dias emblemáticos criados pelas Nações Unidas servem apenas para agitar os ânimos.
O ser humano, embora destrutivo e egoísta, continua a ser inovador e criativo. No Dia Internacional da Biodiversidade é importante reflectir no que estamos a decidir, sem medir as consequências.
Em poucos anos, Portugal será maioritariamente uma paisagem de ferro, silenciosa, espelhada. É uma verdadeira transição de uma imagem azul vista do espaço para uma imagem ofuscante e “prateada”.
Quando é que os políticos, gestores e media vêem que a tripla crise planetária – alterações climáticas, perda de biodiversidade e poluição – é crucial para superar os problemas sociais e económicos?
A necessidade de aumentar renováveis e assumir a transição energética como grande objectivo de estado pressionará as comunidades a aceitarem a adulteração de paisagens e desvalorizar a biodiversidade.
A transição ecológica é tão necessária quanto a transição energética, já que exige reunir mais conhecimento para actuar e minimizar os riscos que podem pôr em perigo a sobrevivência da humanidade.
O declínio do montado em certas zonas do Alentejo não é mais do que a resposta de uma sequência de alterações impostas, durante anos, a um ecossistema que estava em perfeito equilíbrio.
Apesar de aprovada, esta lei foi muito amputada. A politização em torno desta discussão veio mostrar quão difícil tem sido a mudança dos interesses económicos.
Movimento #RestoreNature, com 207 organizações europeias, promete uma chuva de tweets das onze ao meio-dia esta segunda-feira para pedir apoio a legislação sobre pesticidas e restauro da natureza.
Para muitos, as árvores podem ser apenas “mobílias” vistosas nas urbes, “ecrãs para as nossas selfies”. No Dia do Fascínio das Plantas importa pensar em novos desafios para viver a natureza.
O futuro da humanidade está a ser posto em causa pela má gestão que se faz do planeta.
Se interferirmos nos sistemas vivos antes de compreender bem as suas consequências, erraremos e poderemos causar mais problemas do que os resolver.
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