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Investigadora, doutorada em Filosofia política e Ética
Quando me sinto submersa pelas politiquices e o desespero se aproxima, corro para a arte, para a astrofísica ou a primatologia, que nos ajudam a descentrarmo-nos do hic et nunc, a ver além.
Muitas são as campanhas, inclusive institucionais, que se concentram no que a mulher deve fazer para se proteger, e não no que os homens devem fazer para não agredir.
Estas direitas choram por causa de monstros debaixo da cama e instrumentalizam esses medos para ganhar votos.
Estamos a fazer com que Portugal seja mais Portugal. Vamos pôr ordem no caos. Estamos a limpar Portugal. Isto não é o Portugal de Abril.
Um partido pode subir a sua votação, mas se isso não lhe permite fazer aquilo para o qual deveria existir, perdeu, por muita atividade autossatisfatória exibida em praça pública.
E olhar para os nossos próprios erros, para as nossas próprias falhas, para as nossas próprias desistências e cobardias?
Segundo o Manual MSD de Informações Médicas, o transtorno de personalidade narcisista (TPN) “é caracterizado por um padrão generalizado de grandiosidade, necessidade de adulação e falta de empatia”.
Os vampiros esquecem-se que os direitos de que hoje usufruem se devem a ações “inúteis”, “loucas”, “descabidas”.
O pensamento de Malcom Ferdinand constitui um contributo decisivo para repensar a separação, muitas vezes ideológica, entre questões raciais, de classe, de género ou ecológicas.
O digital e o real são mundos complementares. A própria luta de Greta Thunberg não teria sido a mesma sem o ativismo digital.
Os que se dizem “defensores da família” são, afinal, os verdadeiros fanáticos do sexo, obcecados em controlar quem deseja quem, como, onde e com que palavras.
Risos há muitos, tal como os palermas. E não é a mesma coisa gozar com o poder ou com grupos vulneráveis.
Parece que só agora o perigo é digno de preocupação quando ameaça os centros de poder onde gravitam.
O Madleen serviu para tentar levar ajuda humanitária a Gaza. A Barraca foi criada também com espírito internacionalista e de itinerância, para chegar a sítios aonde o teatro não chegava.
Ontem, em Paris, frente ao Ministério da Educação, manifestantes responderam ao apelo dos sindicatos, não apenas pela professora, mas pelo direito de sentir e ensinar com humanidade.
Esquece-se que estamos perante uma instituição profundamente patriarcal, hierárquica e influente na normalização de práticas e discursos que excluem mulheres e pessoas LGBTI+.
A conexão deixou de ser apenas uma necessidade para se tornar uma normatividade, numa imposição social, enquanto a desconexão passou a ser vista como um gesto suspeito, quase transgressor.
Nos estudos sobre o burnout ou esgotamento começa-se timidamente a olhar para outras esferas que vão além do trabalho profissional.
Usualmente, os homens acusados de agressão sexual apontam o dedo ao decote, à minissaia, ao álcool, aos mal-entendidos. Boaventura Sousa Santos prefere culpar o neoliberalismo.
Pensou nas vezes que teve de contar a sua história, nas vezes que acompanhou e ouviu a mãe a contar a sua história. A pobreza costuma confessar-se à porta fechada. Porquê, então, este espetáculo?
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