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Investigadora, doutorada em Filosofia política e Ética
Os vampiros esquecem-se que os direitos de que hoje usufruem se devem a ações “inúteis”, “loucas”, “descabidas”.
O pensamento de Malcom Ferdinand constitui um contributo decisivo para repensar a separação, muitas vezes ideológica, entre questões raciais, de classe, de género ou ecológicas.
O digital e o real são mundos complementares. A própria luta de Greta Thunberg não teria sido a mesma sem o ativismo digital.
Os que se dizem “defensores da família” são, afinal, os verdadeiros fanáticos do sexo, obcecados em controlar quem deseja quem, como, onde e com que palavras.
Risos há muitos, tal como os palermas. E não é a mesma coisa gozar com o poder ou com grupos vulneráveis.
Parece que só agora o perigo é digno de preocupação quando ameaça os centros de poder onde gravitam.
O Madleen serviu para tentar levar ajuda humanitária a Gaza. A Barraca foi criada também com espírito internacionalista e de itinerância, para chegar a sítios aonde o teatro não chegava.
Ontem, em Paris, frente ao Ministério da Educação, manifestantes responderam ao apelo dos sindicatos, não apenas pela professora, mas pelo direito de sentir e ensinar com humanidade.
Esquece-se que estamos perante uma instituição profundamente patriarcal, hierárquica e influente na normalização de práticas e discursos que excluem mulheres e pessoas LGBTI+.
A conexão deixou de ser apenas uma necessidade para se tornar uma normatividade, numa imposição social, enquanto a desconexão passou a ser vista como um gesto suspeito, quase transgressor.
Nos estudos sobre o burnout ou esgotamento começa-se timidamente a olhar para outras esferas que vão além do trabalho profissional.
Usualmente, os homens acusados de agressão sexual apontam o dedo ao decote, à minissaia, ao álcool, aos mal-entendidos. Boaventura Sousa Santos prefere culpar o neoliberalismo.
Pensou nas vezes que teve de contar a sua história, nas vezes que acompanhou e ouviu a mãe a contar a sua história. A pobreza costuma confessar-se à porta fechada. Porquê, então, este espetáculo?
Afinal, o que há nesta retórica que me provoca uma repulsa quase epidérmica?
Os exemplos são inúmeros de (ir)responsáveis da direita, seja nos EUA, em França ou em Portugal, que assumiram sem complexos a agenda e o vocabulário da extrema-direita.
É este o plano da techno-”bro”-oligarquia reacionária à volta de Trump: desmantelar a democracia que atrapalha os negócios, voltar à lei do mais forte. Nos Estados Unidos e no resto do mundo.
A verdade são eles que a fabricam. E, aliás, quem precisa de verdade? Tendo a pós-verdade garantida, investem agora na construção da pós-legalidade.
Tenho saudades do tempo em que os líderes da extrema-direita diziam, sem pudor, ao que vinham. E se chamava os bois pelos nomes, sem eufemismos como “direita radical”, “alternativa” ou “populista”
Em vez de liderar, promovendo a coesão e a diversidade nacional, Luís Montenegro optou por reforçar a narrativa mentirosa racista e xenófoba da extrema-direita.
Em Portugal, grupos como o Habeas Corpus já vão na publicação da quinta lista de pessoas a que chamam “terroristas LGBTIQ+”, numa acção de incitação ao ódio.
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