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Professora de Filosofia do ensino secundário
A linguagem inclusiva não desafia apenas a língua; desafia normas, relações de poder e uma visão de mundo.
A ausência de uma posição clara de condenação face à morte de Odair Moniz às mãos do Estado não contribui para a unidade do país, mas sim para o seu enfraquecimento.
Quando não se é nem antifascista, nem fascista, nem racista, nem antirracista, nem comunista, nem anticomunista, o que se é afinal?
Enquanto a resposta definitiva não chega (se é que chegará), podemo-nos agarrar aos princípios e compromissos que estabelecemos com a nossa consciência.
Não são monstros, são “monsieur tout le monde”. Os monstros não existem, os violadores sim! É o marido, o namorado, o irmão, o tio, o avô, o vizinho, o amigo, o colega de trabalho, o patrão.
Não existe muro a tapar o que se passa na Palestina, Mediterrâneo, Sudão, Congo ou Iémen. Quem não vê é porque escolheu não ver, e esse desinteresse é um muro erguido pela sua própria desumanização.
As pessoas LGBT+ sempre existiram em todo o lado. Não as ver ou não conhecer significa que as condições não estão reunidas para que as pessoas LGBT+ se sintam seguras para viver as suas sexualidades.
Pessoas que se dizem feministas apoiam teorias que essencializam a mulher ao papel de parideira, reduzindo-a aos seus órgãos reprodutores.
A luta pelo fim das discriminações também deve passar pela idade. Podemos fazer melhor.
A luta contra a extrema-direita não pode continuar a passar pela negação da importância do fator racismo e outro tipo de supremacismos e discriminações.
Como estar bem no presente quando se sabe que no futuro quase imediato tudo estará mal. Ninguém sobrevive a uma queda de 50 andares.
A forma como os polícias preferiram no 10 de junho proteger um ajuntamento neonazi enquanto reprimiam com violência manifestantes antirracistas é só um dos exemplos do abandono institucional.
É a radicalidade de quem permanece em silêncio face a esta monstruosidade em Rafah que nos deveria preocupar.
Estamos a recolher alguma da juventude que felizmente plantámos, quando se decidiu ensinar nas escolas os direitos humanos, falar de ecologia, de liberdade e igualdade.
A democracia não é a ditadura da maioria. A democracia existe precisamente para não deixar ninguém de fora, para que não vingue a lei do mais forte.
Acabou a brincadeira, acabou a ligeireza da juventude, agora fala-se de questões de vida e de morte. Passam-se dias sem notícias do amigo palestiniano, teme-se sempre o pior.
Frans de Waal ficou célebre através do seu livro A política do chimpanzé.
Fosse só uma teoria pateta e nem era caso para escrever sobre o assunto, mas o problema é que é perigoso e mata pessoas.
Tenho dificuldades em ultrapassar o meu aborrecimento em relação a quem só agora, ou só de forma oportunista na proximidade de eleições, acorda para o perigo da extrema-direita.
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