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Advogado
Ao contrário do que afirmou Marcelo na universidade de verão dos “jotas” do PSD, o grande objetivo de Trump é enfraquecer Putin e a Rússia.
A guerra vai, portanto, continuar. A menos que, neste velho e sonolento continente, os povos queiram impedir que os seus filhos sejam incinerados no braseiro nuclear e exijam com veemência a paz.
Da guerra na Ucrânia à guerra no Médio Oriente, impõe-se fazer a pergunta: quem estava certo e quem estava errado?
Como é possível que PCP e BE estejam de costas voltadas, como competidores? Que dizem a juntar forças nas autárquicas e nas presidenciais? Nem agora avançam com o apoio a Sampaio da Nóvoa ou outro?
No ponto atual do nosso viver há como que um choque invisível entre o indivíduo e a comunidade onde se insere. O neoliberalismo veio atomizar os seres humanos, fazer deles peças soltas ao deus-dará.
Os dirigentes da UE pretendem com a loucura do belicismo insuflar alguma crença ao Ocidente. As trombetas da morte batem à porta das casas da Europa. Quem lhes vai dar as chaves?
Luís Montenegro navega nos ventos da chantagem política. Sabe que a moção de confiança é o biombo para esconder as eleições que quis provocar e não tem coragem de assumir.
Dada a confrangedora ignorância político-cultural, Trump olha para os diferentes países como para as suas Torres na 5.ª Avenida de NYC, isto é, como oportunidades de negócio.
Nos EUA e talvez pela primeira em toda a História a esmagadora maioria dos novos governantes são escolhidos exclusivamente pelo peso do seu poder económico.
Portador de ambição desmedida, sublevou-se contra o candidato do PS à Presidência, o impoluto e amigo de décadas Salgado Zenha. Mais tarde, com Manuel Alegre, de novo se rebelou contra o PS e o amigo.
Sem os milhares de milhões dos donativos aos candidatos não haveria a tal “democracia” a encher os ecrãs de todo o mundo à custa de publicidade paga.
Até que Israel ponha termo à ocupação dos territórios palestinianos e reconheça a autodeterminação do povo palestiniano não haverá paz.
Venceram as ideias de que só é pobre quem quer. A pobreza é da exclusiva responsabilidade dos pobres. A sociedade é uma invenção, o que existe são indivíduos que têm de competir entre si.
China, Rússia, Índia, Brasil, África do Sul, Irão e Arábia Saudita (quem diria) juntam-se para participar no estabelecimento de regras que permitam a todos respirar sem asfixias.
Coragem é não ter medo da paz. E há, apesar de tudo, quem resista. Aí reside a esperança, na força dos que se não vergam às narrativas belicistas.
Já não é apenas a crónica incontinência verbal. Marcelo Rebelo de Sousa precisa de atear fogueiras para as apagar com novas achas.
Depois do eventual braseiro nuclear na Europa será melhor ficar a China e os EUA a negociarem a “divisão” do mundo ou em guerra? Que falem os que estão calados.
As emoções não estão viradas para os palestinianos que já “aceitamos” não serem exatamente iguais a outros seres humanos com o estatuto e a estirpe de ocidentais.
A Europa está em guerra e na Europa pouco se fala de paz, salvo o Papa Francisco.
Tenho consciência do falhanço de um modelo totalitário que acabou conspurcando o ideal socialista. Mas atenção, todo o caminhar humano é imperfeito. Até o da Igreja, onde estariam os mais “puros”.
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