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Enfermeira, autora de A Mãe Imperfeita
Torna-se difícil não ficar revoltada com a geração que viveu a fase áurea de Clara Pinto Correia, que permitiu que caísse no esquecimento e que agora vem escrever lindíssimos textos de despedida.
Esse corpo é, para mim, o mais importante dos corpos. Porque é o corpo que nos relembra do maior amor e da maior entrega do mundo.
Em Portugal, a gente indigna-se como quem toma café. É um hábito tão enraizado que se nos tirassem o direito à indignação desconfio que nem saberíamos o que dizer uns aos outros.
Esta semana foi cansativa por ser particularmente pródiga em disparates. Porque mesmo quando a gente acredita que não pode piorar, a realidade prova-nos que é possível piorar mais um bocadinho.
Não podemos esquecer-nos de que uma sociedade com pouca capacidade de interpretação está condenada ao fracasso. Massas acríticas, incapazes de saltar do concreto para o abstracto.
As grávidas portuguesas merecem tranquilidade. E essa tranquilidade só é possível quando se sabe que as urgências obstétricas dos hospitais de referência estão abertas de forma ininterrupta.
A demência, já o disse várias vezes, é o grande desafio que os cuidadores e todos os que trabalham com pessoas idosas têm pela frente nos próximos anos.
Pablo Iglesias, ao longo dos anos, perdeu a legitimidade para criticar o status quo uma vez que se tornou tudo aquilo que criticava e acabou a alimentar o populismo do outro lado do espectro.
Em Portugal, ser mãe ou pai de uma criança com necessidades específicas é uma luta constante. E, sim, luta é a palavra certa porque querer o melhor para os nossos filhos não é só um desafio.
Gostemos ou não de ouvir dizê-lo, o suicídio foi-se normalizando no Alentejo e as poucas campanhas que se organizaram para aumentar a literacia em saúde nesta área não mostraram grandes resultados.
“Pois Carmen, a tua conversa é muito bonita, mas isto que acontece com os tarefeiros é uma vergonha e uma despesa incomportável para o SNS, como é que sugeres resolvê-la?”.
Um lar é uma casa. E dividir o nosso único espaço não comum com um desconhecido significa perder totalmente a privacidade
O mundo dos lares em Portugal, especialmente o das IPSS, é o mundo das omeletes sem ovos. O subfinanciamento crónico destas instituições e as pensões baixas derrubaram a fasquia.
A partir dos dois anos, e esta é a minha opinião clara, não temos dados suficientes para manter uma redução horária com a “desculpa” da amamentação
O horário de amamentação é, quanto a mim, uma armadilha. Porque jamais seria necessário num país que, de facto, se preocupasse com a promoção da natalidade.
Estamos em 2025 e a esperança média de vida dos angolanos situa-se nos 59,4 anos, a mortalidade abaixo dos cinco anos é de 64 por cada mil crianças e só cerca de 15% da população fez o secundário.
Parece-me que é preciso repensar a forma como a educação sexual está a ser feita em Portugal e, lamento, parece-me também que a opção de colocar estes conteúdos nas aulas de Cidadania é um falhanço.
Um miúdo rico quer contratar mulheres como objecto decorativo para a sua festa de aniversário. E isto, em vez de gerar uma onda de indignação colectiva, gera uma fila de candidatas.
Vamos, todos os portugueses, mas em especial as grávidas como eu, passar um Verão de sufoco.
Continuamos a vender a imagem do parto como um momento romântico e de extraordinária beleza quando, lamento, o parto é uma mistura de dor, sangue e vísceras. Se vale a pena? Claro que sim.
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