Pertenço a uma geração indefinida e vesti a camisola como poucos. Experimentei Direito, viajei e desviei-me. Pelo meio, escrevi. Licenciei-me em Ciência Política e Relações Internacionais, andei a debater sobre a Europa num think tank, e estagiei numa afamada organização internacional. Continuei a escrever. Tropecei no jornalismo em 2015, e logo no PÚBLICO, para um estágio na inigualável secção Mundo. Três meses de instrução diária, com os melhores dos melhores, que se alongaram para cinco. Sempre a escrever, mas também a perguntar e a ouvir. Ainda testei o ofício diplomático-consular, em Inglaterra, apenas para confirmar que a indefinição que me corria no sangue estava afinal fora de prazo. Voltei para Lisboa, realistei-me no jornalismo, pela mão do i e do Sol, e terminei um mestrado em Estudos Europeus. Permanentemente a escrever. No início de 2018 voltei à casa de partida – precisamente no meio do tabuleiro e deste texto.