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Professor catedrático na Universidade do Algarve
Estamos no coração de uma grande transformação, aquela que nos conduz da sociedade do valor-trabalho para a sociedade do valor-data ou informação.
No interior da sociedade tecno-digital não haverá órgãos de deliberação, mas sim unidades funcionais de planificação, controlo e condicionamento que substituem o governo e a política.
O tempo joga contra os interesses da Ucrânia e da UE, pois, durante os quatro anos do mandato de Trump, não haverá mudanças substanciais nas capacidades geoestratégicas da Europa.
A lei do menor esforço troca a procura da verdade pelo consumo de informação falsa. As pessoas só acreditam no que confirma as suas expetativas, mesmo que falso. A verdade é uma escolha de cada um.
Os Relatórios Letta e Draghi são um bom ponto de partida para reagir à nova agenda americana.
Doravante, o valor material da economia convencional funde-se e recombina-se com o valor imaterial da nova iconomia e dessa fusão nasce uma nova realidade mais híbrida e complexa.
Qual é o estado da arte da administração europeia, legítima representante do interesse comum, confrontada com as grandes transições e uma mudança paradigmática de longo alcance?
Se não forem acautelados os efeitos assimétricos destes grandes investimentos e promovidas novas economias de rede e aglomeração no interior do país, este pode ficar a ver passar os comboios.
Estamos no limiar crítico da união política europeia, à procura, justamente, de um trade off equilibrado entre duas proto-identidades.
Tudo leva a crer que estaremos na iminência de uma nova guerra fria na Europa e a caminho de relações multipolares em vários patamares.
Sem espaço público de qualidade, sobretudo em espaço urbano, não há comunidades inteligentes, criativas e solidárias, apenas ruído, ódio e ressentimento com origem principal nas redes sociais.
O 25 de Abril de 1974 foi uma disrupção da política doméstica e colonial, agora acontecem várias disrupções globais que instabilizam a nossa existência, entre elas a chamada colónia virtual.
Estamos com protestos no setor agrícola e em dificuldades para conciliar as várias transições em curso, enquanto se aguarda um alargamento a Leste. Uma reforma da PAC terá de ocorrer.
Que traço comum ligará hoje a servidão voluntária, o Big Brother do ministério da verdade, o vigiar e punir das instituições de controlo social ou singularidade da Inteligência Artificial?
Uma reflexão alinhada com as grandes transições que atravessarão esta década e as próximas.
A aventura europeia prosseguirá por um caminho estreito e sinuoso, entre a utopia, a necessidade e a contingência, sobretudo agora que se aproximam as eleições para o Parlamento Europeu.
Hoje, em 2023, perante os efeitos acumulados da guerra, o impasse salta à vista quando se trata de dosear o esforço entre política externa e política interna.
Com as grandes transições que vão marcar o futuro próximo, será praticamente impossível ao ensino superior escapar a uma profunda transformação das suas missões, processos e financiamento.
Um paralelismo adequado entre mais Europa Comunitária e um novo regionalismo de inspiração comunitária e colaborativa é absolutamente necessário.
A aplicação inteligente de dispositivos tecnológicos e digitais pode transformar um círculo vicioso num círculo virtuoso de desenvolvimento se forem cumpridas algumas condições.
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