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Professor catedrático na Universidade do Algarve
Os Relatórios Letta e Draghi são um bom ponto de partida para reagir à nova agenda americana.
Doravante, o valor material da economia convencional funde-se e recombina-se com o valor imaterial da nova iconomia e dessa fusão nasce uma nova realidade mais híbrida e complexa.
Qual é o estado da arte da administração europeia, legítima representante do interesse comum, confrontada com as grandes transições e uma mudança paradigmática de longo alcance?
Se não forem acautelados os efeitos assimétricos destes grandes investimentos e promovidas novas economias de rede e aglomeração no interior do país, este pode ficar a ver passar os comboios.
Estamos no limiar crítico da união política europeia, à procura, justamente, de um trade off equilibrado entre duas proto-identidades.
Tudo leva a crer que estaremos na iminência de uma nova guerra fria na Europa e a caminho de relações multipolares em vários patamares.
Sem espaço público de qualidade, sobretudo em espaço urbano, não há comunidades inteligentes, criativas e solidárias, apenas ruído, ódio e ressentimento com origem principal nas redes sociais.
O 25 de Abril de 1974 foi uma disrupção da política doméstica e colonial, agora acontecem várias disrupções globais que instabilizam a nossa existência, entre elas a chamada colónia virtual.
Estamos com protestos no setor agrícola e em dificuldades para conciliar as várias transições em curso, enquanto se aguarda um alargamento a Leste. Uma reforma da PAC terá de ocorrer.
Que traço comum ligará hoje a servidão voluntária, o Big Brother do ministério da verdade, o vigiar e punir das instituições de controlo social ou singularidade da Inteligência Artificial?
Uma reflexão alinhada com as grandes transições que atravessarão esta década e as próximas.
A aventura europeia prosseguirá por um caminho estreito e sinuoso, entre a utopia, a necessidade e a contingência, sobretudo agora que se aproximam as eleições para o Parlamento Europeu.
Hoje, em 2023, perante os efeitos acumulados da guerra, o impasse salta à vista quando se trata de dosear o esforço entre política externa e política interna.
Com as grandes transições que vão marcar o futuro próximo, será praticamente impossível ao ensino superior escapar a uma profunda transformação das suas missões, processos e financiamento.
Um paralelismo adequado entre mais Europa Comunitária e um novo regionalismo de inspiração comunitária e colaborativa é absolutamente necessário.
A aplicação inteligente de dispositivos tecnológicos e digitais pode transformar um círculo vicioso num círculo virtuoso de desenvolvimento se forem cumpridas algumas condições.
Para lá de todos os fatores críticos das grandes transições, importa reunir as condições que levam à formação de territórios inteligentes.
No limite, podemos estar em trânsito para fora do nosso habitat biológico, para nos instalarmos em dispositivos tecnológicos transumanos e pós-humanos cuja configuração futura nem sequer imaginamos.
Doravante, a realidade do nosso quotidiano não tem de ser monótona e melancólica, podemos sempre escolher a nossa personagem, adaptá-la ao cenário e o guião ser coreografado de muitas maneiras.
Na Internet das pessoas e das coisas ficará o nosso rasto e história pessoais, a informação necessária e suficiente para o exercício de uma hipervigilância que faz inveja aos panóticos de antigamente.
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