Tenho carteira de jornalista desde Janeiro de 1987. Os meus primeiros mestres são Francisco Sena Santos e Adelino Gomes. Na rádio e depois no PÚBLICO fui repórter, de Novossibirsk a Juárez, e o mundo só ficou maior, da Graciosa a Bamako, lugares onde nunca estive. No tempo em que a gente fumava na redacção, e a um crítico como Manuel João Gomes podia suceder um crítico como Ernesto Sampaio, eu e a Isabel Salema fazíamos a cabeça em água à melhor equipa de cultura e quantos de nós não davam os bons-dias às empregadas de limpeza depois de mais uma directa. O grande prazer de editar era poder fazer um suplemento de inéditos dedicado a Cesariny, Sophia ou Manuel Hermínio Monteiro. Não havia espaço nem tempo mas sempre havia. As cidades que melhor conheço depois de Lisboa são Jerusalém e Rio de Janeiro (http://blogues.publico.pt/atlantico-sul/). A identidade está em movimento.