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Professor universitário e membro do Conselho Geral Independente da RTP
A independência da RTP face ao poder político não depende apenas do modelo de governação.
Nos últimos tempos, pelo menos três episódios puseram em questão o respeito pelo pluralismo político-partidário da SIC e da TVI.
Ao não prever uma alternativa para a supressão da publicidade, o Governo compromete o futuro da RTP.
Em muitos países europeus, com maior destaque em França, na Áustria e nos países nórdicos, existem, desde há muito, robustos sistemas de incentivos estatais às empresas de comunicação social.
É completamente falso que o PS não tenha participado ativamente no processo legislativo que consagrou a abertura da televisão à iniciativa privada.
Não é possível apostar no papel renovador da RTP na era digital, alargar a oferta de serviços e diminuir a sua presença no mercado publicitário sem actualizar o valor da contribuição para o audiovisual.
A crise em todos os media, incluindo nomeadamente as publicações periódicas de âmbito nacional, impõe uma profunda revisão do modelo e âmbito dos incentivos.
A presença maioritária nos órgãos de gestão de pessoas diretamente designadas pelos partidos políticos e pelo Governo e a partidarização e a politização daí decorrentes representariam um evidente retrocesso no modelo de governação da RTP.
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