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Aquilo que para uns é arte, sumptuosidade e liturgia pagã, para mim (e para a maior parte da população) é um espectáculo de violência e tortura exercidas sobre um animal.
Se o mundo está a arder, se as chamas e as altas temperaturas se tornaram um dado estrutural, então há boas razões para dizer que entrámos na era do Piroceno.
Tornou-se um exercício intelectual comum identificar e analisar em Israel, na sua história e nas contingências do seu actual governo, uma zona de sombra psicopolítica.
O que diria o autor de Se Isto é um Homem se observasse hoje o que se passa em Gaza?
Uma cidade feita de hotéis e arrendamentos a curto prazo (no centro histórico de Lisboa, metade das casas está por conta do Airbnb) transforma-se num deserto cultural.
Da Comporta às ruas de Lisboa, a privatização do espaço público verifica-se hoje em todo o lado, de acordo com as exigências da ortodoxia neoliberal.
A grande obsessão pelos imigrantes elevou-os a uma condição que oscila entre duas condições abstractas: ou são ameaça à civilização ou mera força de trabalho e contribuintes para a segurança social.
A nossa época é marcada por uma Stimmung fascista. É preciso reactualizar a possibilidade de uma vida não fascista.
António Costa é o homem com qualidades para um cargo que é um conjunto de qualidades, mesmo que sem homem.
Lídia Jorge pode ter escrito direito, mas fê-lo por linhas tortas.
Um corpo híbrido, desconjuntado, estranho na sua anatomia.
Descobrir o desejo da noite é experimentar uma escala que não é a do dia, é sentir o poder de vigilância sem sermos vigiados.
Os resultados das eleições legislativas são uma surpresa para todos os falantes da coisa política que preenchem o espaço público. Entre os perdedores, estão também eles.
Como as campanhas eleitorais são os momentos da carnavalização da política, nunca foi grande pecado ser demagogo nesses momentos, que são a estação quase oficial da demagogia.
As promessas enunciadas num Green New Deal e nos acordos para a transição energética não passam de ilusões que em certos casos ganham a forma de pesadelos.
Como subtrair a escola à aceleração e à contracção do presente que são a regra do mundo em que vivemos?
Um cão-robô elabora comentários críticos a pinturas que saem impressos numa ranhura situada na cauda.
Jean-Claude Milner publicou um livro que se presta agora a uma leitura que o confronte com a atitude passiva da Europa perante a actual acção militar de Israel.
A retórica do declínio impele às promessas de recuperação de grandezas perdidas, que alimentam os discursos das extremas-direitas, cada vez mais próximas do fascismo histórico.
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